The Alto Knights - Mafia e Poder
- Diego Nicolau
- 19 de mar.
- 2 min de leitura
Por mais que Robert De Niro seja um veterano no gênero de filmes de máfia, The Alto Knights: Máfia e Poder prova que ainda há espaço para o ator brilhar. E aqui, ele faz isso em dose dupla. Interpretando tanto Frank Costello quanto Vito Genovese, dois amigos de infância que se tornam rivais na Nova Iorque criminosa, De Niro entrega atuações distintas que realmente fazem parecer que estamos assistindo a dois atores diferentes.
O filme adota uma abordagem mais intimista e lenta, fugindo do espetáculo pirotécnico de outras produções do gênero. Não espere grandes perseguições ou tiroteios cinematográficos. Em vez disso, a narrativa se desenrola com paciência, focando nos laços políticos e nas consequências das disputas de poder dentro de uma bolha muito fechada. Por mais que o impacto dos acontecimentos vá além daquele círculo, a história se mantém centrada na relação entre Costello e Genovese e nas pessoas que sofrem as consequências dessa rivalidade.
A escolha do voice-over como ferramenta narrativa reforça a sensação de estar lendo um livro, como se estivéssemos ouvindo um relato direto das entranhas da máfia. De Niro não apenas atua, mas também assume o papel de narrador, conduzindo o espectador por essa trajetória de ascensão e queda.
O filme sabe exatamente o que quer contar e não tem pressa para fazê-lo. Essa abordagem pode afastar quem espera um ritmo mais frenético, mas para aqueles dispostos a mergulhar em uma boa história de máfia, The Alto Knights entrega um estudo de personagens envolvente e uma performance memorável de De Niro. Afinal, ver o ator nesse tipo de papel é sempre um prazer — e vê-lo em dobro é um presente para os fãs do gênero.
Nota: 7.5/10
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